O furacão Milton deve ter um forte impacto na economia dos Estados Unidos no curto prazo e efeitos mitigados em horizontes mais longos, segundo especialistas ouvidos pela CNN.

A tempestade que atingiu o estado da Flórida nos últimos dias deve incidir principalmente nos setores portuário, seguro e varejo.

Aproximadamente 2,8% do PIB dos EUA está no caminho direto de Milton, de acordo com relatório da Universidade de Oxford.

No entanto, furacões não possuem efeitos a longo prazo no Produto Interno Bruto (PIB) americano analisando outros desastres naturais do tipo, segundo o documento.

O setor portuário, que recentemente passou por uma greve de mais de 50 mil trabalhadores na Costa Leste do país, deve ter maiores impactos imediatos, diz Igor Lucena, economista e CEO da Amero Consulting.

“É uma situação extremamente complexa que impacta uns dos corações principais econômicos dos EUA”, cita.

Para Willian Andrade, economista e CIO da Kaya Asset Management, o setor de seguro também está no radar. A região da Flórida atingida pelo furacão Milton não estava no radar no mapeamento de riscos das companhias.

“O furacão gera perdas maiores para as seguradoras e moradores na região, já que não se tratava de uma área esperada pelas seguradoras para cobrir esses danos. Isso pode levar a um aumento no custo de renovações e a uma fuga na contratação de seguradoras”, afirma.

Lucena ressalta que o varejo será impactado diretamente pela tempestade, levando a um possível aumento sazonal do desemprego na região e, por consequência, nos EUA.

“Dependendo do tempo de reconstrução da destruição causada pelo furacão, empresas e comércios possivelmente terão que realizar demissões devido ao período de reconstrução, mas algo passageiro”.

Segundo a Universidade de Oxford, é estimado que o furacão Helene, que atingiu o Sudoeste da Flórida no final de setembro, reduza entre 40 mil e 50 mil postos de trabalho, com Milton potencialmente aumentando esse número de forma perceptível, com impactos sendo sentidos nos dados de desemprego dos EUA em novembro.

No entanto, o relatório ressalta que possivelmente o número de empregos de dezembro podem ser impulsionados pelas contratações nos esforços de recuperação econômica.

FONTEcnnbrasil.com.br
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