A maior papa título da temporada tem nome e sobrenome: Gabriela Guimarães. Vice-campeã olímpica em Tóquio, Gabi ganhou todos os campeonatos que disputou pelo Vakifbank, da Turquia. Em conversa exclusiva ao ge, a camisa #10 falou sobre o provável posto de capitã na seleção brasileira neste ciclo, a vontade de voltar a jogar no Brasil e disse não se considerar a melhor atleta de vôlei da atualidade.

– Essa questão de pensar em ser uma capitã, seja na seleção, seja no clube que eu estiver, vejo muito mais como desenvolver o meu lado como líder. Acho que a liderança tem muito a ver com isso também, de você aprender, dividir experiências e conseguir somar aonde quer que eu esteja. Ajudar pessoas, desenvolver pessoas.. acho que isso é o mais importante. Claro que eu ficaria muito feliz, e se isso algum dia acontecer, sem dúvida nenhuma vai ser uma responsabilidade muito grande – comentou a jogadora de 28 anos, que será uma das líderes da seleção brasileira na Liga das Nações, a partir da semana que vem.

Gabi foi campeã da Superliga seis vezes, tendo conquistado cinco com a camisa do Sesc (agora Sesc-Flamengo) e uma defendendo o Minas. Muito querida até por torcedores rivais, a atleta do Vakifbank admitiu sentir falta do Brasil e contou que quer retornar ao vôlei brasileiro.

– Eu tenho muita vontade de voltar a jogar no Brasil. Muita, eu sinto muita falta, porque vivi anos incríveis no Rio de Janeiro. Esse meu ano no Minas também foi incrível e é muito bom jogar no Brasil. Você está perto do povo brasileiro, sentindo a energia, sentindo o apoio. Aqui também eu consegui me consolidar, os turcos gostam muito de mim, tem uma torcida muito especial, inclusive de outras torcidas, mas a gente sabe que no Brasil é diferente. Sem dúvida nenhuma, o último ano da minha carreira vai ser no Brasil. Não estou dizendo que eu só vou voltar para o meu último ano. Não sei como que as coisas vão prosseguir, até porque eu sinto muita falta, né? Hoje eu tenho que aproveitar esse momento que estou vivendo e pensar também no próximo ciclo. Eu quero estar perto no final de carreira, sem dúvida nenhuma, pelo menos os dois mas acho que os dois, três últimos anos – completou.

Além da conquista da Supercopa da Turquia, da Copa Turca, do Mundial de Clubes e do Campeonato Turco, Gabi venceu a Champions League pela primeira vez e saiu de quadra como a MVP da competição. Na final do Turco, contra o Fenerbahçe, a ponteira brasileira foi eleita a melhor da posição.

– Para ser sincera, eu ainda não tenho essa percepção de que eu sou a melhor jogadora do mundo. Não é querendo confete nem nada, mas assim, é a percepção que eu tenho. Nunca deslumbrei ser a melhor jogadora do mundo. Então, eu não consigo me colocar, nesse momento, como a melhor jogadora do mundo, mas eu consigo ver uma evolução muito grande sem dúvida nenhuma. Não posso deixar de falar que eu consegui quebrar algumas barreiras que foram importantes para mim. Fico muito feliz de tantas pessoas que me inspiraram durante muitos anos terem essa opinião. Mas não acho que eu seja hoje a melhor jogadora do mundo, talvez eu esteja no bolo de grandes jogadoras que conseguiram conquistar grandes coisas – disse Gabi.

FONTEge.globo.com
Artigo anteriorANS autoriza reajuste máximo de 15,5% em planos de saúde
Próximo artigoSurto de Norovírus em Salvador é altamente contagioso e preocupa virologistas

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui