Em entrevista ao jornal Estadão, divulgada nesta sexta-feira (6), o cientista afirmou que o número é alarmante e indica alto risco de infecção. A doença pode ser prevenida por meio da vacinação.

No entanto, as coberturas de imunização no Brasil estão baixas — fato que chama atenção de especialistas e da Organização Panamericana de Saúde (Opas), que incluiu o Brasil na lista dos oito países da América Latina com alto risco de volta da doença. O último caso em território foi registrado em 1989, e o país recebeu o certificado de eliminação da doença em 1994.

“Temos hoje no país 500 mil crianças que não foram vacinadas. A importação da pólio existe e, no Brasil, por conta dessas baixas coberturas vacinais, já somos considerados um país de alto risco para reinfecção, segundo a Opas. Assim como o Brasil, estão nesta classificação Equador, Venezuela, Guatemala, República Dominicana e Suriname, além de outros dois países onde o risco é considerado altíssimo: Haiti e Bolívia”, explicou Homma ao Estadão.

Também conhecida como paralisia infantil, a poliomielite é causada pelo polivírus selvagem (PVS), que pode infectar crianças e adultos. Casos graves chegam a gerar paralisia dos membros inferiores.

A única forma de prevenção é a vacinação. No Brasil, o vírus parou de circular em 1990. Dados do Ministério da Saúde, coletados pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, por meio da plataforma Datasus, apontam, entretanto, queda de 31% na cobertura vacinal entre 2015 e 2021.

Anualmente, a meta do Ministério da Saúde nas campanhas de vacinação é de atingir 90% do público-alvo. Em 2015, os índices foram positivos: a cobertura vacinal contra pólio foi de 98,29%.

No entanto, ao longo dos anos, a porcentagem sofreu queda. Entre 2016 e 2019, a cobertura ficou entre 84% e 89%. Em 2020, após o início da pandemia de Covid, o índice foi de 76%. Os dados mais recentes mostram que, em 2021, a cobertura chegou apenas a 67,7%.

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), se a doença não for erradicada rapidamente, podem ocorrer até 200 mil novos casos a cada ano no mundo, dentro do período de uma década.

FONTEbahianoticias.com.br
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