As vendas do comércio varejista da Bahia cresceram 9,5% em setembro em comparação com o mesmo período em 2019. Esta é a terceira alta consecutiva e, com isso, o faturamento atingiu R$ 8,6 bilhões, quase R$ 750 milhões a mais do que há um ano atrás. De acordo com dados da assessoria econômica da Fecomércio-BA, no acumulado do ano, o desempenho do varejo baiano ainda é negativo, em 10,1%, o que representa um prejuízo de R$ 7,3 bilhões no ano.

Os números de setembro seguem na linha como houve no mês anterior. Teve forte crescimento em três setores diretamente beneficiados pelo auxílio emergencial: móveis e decoração (48,9%), eletrodomésticos e eletrônicos (44,6%) e materiais de construção (43,9%).

Desde o início da pandemia até o mês de outubro, foram designados R$ 17 bilhões para 5,8 milhões de baianos, ou 42% da população, de acordo como consta no Portal da Transparência do Governo Federal.

“A Fecomércio-BA acredita que há dois movimentos: primeiro o das pessoas que recebem o auxílio e que estão fazendo pequenas obras e reformas em suas residências. E o outro que é o investimento e compra de imóveis diante da baixa taxa de juros, estimulando, assim, a produção e consumo dos três setores que tiveram destaques no mês, todos ligados a construção civil”, explica Guilherme.

Os supermercados tiveram crescimento anual de 7,5% e acumulam ganho de 5,8% no ano. Além de ser um setor essencial, existe um ponto que vem chamando a atenção: a inflação de alimentos. De acordo com o IBGE, enquanto o aumento de preços médio geral, acumulado no ano, na RMS, foi de 2,16%, o grupo alimentos e bebidas registra alta de 11,41%. O subgrupo de cereais, leguminosas como o arroz e feijão, aponta elevação no ano de 43%, enquanto que as carnes sobem 21,4%. Essas variações de preços de produtos da mesa diária do brasileiro têm deixado a população assustada, que faz mágicas no orçamento para manter a qualidade do consumo.

A outra alta no mês foi no setor de farmácias e perfumarias, sendo 6% no contraponto anual. Diferente dos supermercados, as famílias acumulam uma leve queda no ano de 1%.

No campo negativo estão as lojas de vestuário, tecidos e calçados com retração anual de 15,8%, concessionárias de veículos com -13,3% e o grupo “Outras Atividades” com -9,5%. Este último engloba vendas de combustíveis para veículos, artigos esportivos, joalherias, entre outros.

No setor de roupas e calçados, o ramo não está conseguindo se recuperar na pandemia. Embora o setor varejista da Bahia tenha apresentado números positivos, a recuperação tem seguido de forma assimétrica e ainda com perdas no acumulado do ano. “A redução do valor do auxílio emergencial e menos injeção de 13º salário tendem a levar a um ritmo menor de vendas no último trimestre. Inclusive, a Fecomercio-BA projetou o desempenho para novembro, mês da Black Friday, com ligeira alta de 0,7%”, conclui o economista.

FONTEatarde.com.br
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