Uma bebê, com seis semanas de vida, passou por uma cirurgia rara, em Brasília, feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para retirar um “gêmeo parasita” que estava próximo ao intestino delgado . O procedimento ocorreu no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), na última quinta-feira (12).

A criança já recebeu alta e, segundo os médicos, passa bem. Conhecido no mundo científico como “fetus in fetu” (FIF), o caso identificado em Brasília pode ocorrer em um a cada 500 mil nascimentos, explica o médico Acimar Cunha Júnior, cirurgião pediátrico do Hmib.

“No mundo, há conhecimento de cerca de cem casos”, diz o responsável pela cirurgia.

A mãe da bebê procurou atendimento na semana passada. Segundo ela, a filha chorava muito e vomitava (saiba mais abaixo).

A Secretaria de Saúde do DF explica que “é como se um feto em desenvolvimento englobasse o outro, que se mantém vivo no organismo do irmão, tornando-se um parasita”. Em casos assim, o gêmeo parasita não tem um corpo humano definido.

A equipe do Hmib informou que, após ser retirado, o feto foi analisado pela área de patologia que identificou o baço bem definido, fígado e articulações. O cirurgião Acimar Cunha Júnior explica que no Distrito Federal houve apenas dois outros casos assim, um também diagnosticado no Hmib e outro no Hospital Universitário de Brasília (HUB).

A descoberta do problema e a cirurgia

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Na quinta-feira (12), Micaela Alves da Silva, de 25 anos, percebeu que a filha Evelyn chorava bastante, vomitava um líquido verde e estava com semiobstrução intestinal. Ela levou a bebê até o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).

No hospital público foram feitas uma radiografia e uma tomografia de abdômen da menina. Os exames mostraram a possibilidade de um tumor, mas com características de ossificação dentro da massa.

Por ser um caso complexo, a equipe do Hospital de Santa Maria encaminhou a criança para o Hospital Materno Infantil de Brasília, que é o centro referência em cirurgia pediátrica.

No Hmib, uma equipe formada por quatro cirurgiões, um anestesista, enfermeiros e técnicos de enfermagem fizeram a retirada do feto parasita. O procedimento durou cerca de duas horas.

A mãe e a bebê estão em casa, em Santo Antônio do Descoberto (GO). Segundo os médicos, a criança poderá levar uma vida normal.

FONTEG1
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