média salarial dos 10% mais ricos da Bahia registrou um maior aumento e passa a ser 50,5 vezes o salário dos 10% mais pobres, de acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O salário real dos trabalhadores baianos entre 2018 e 2019 teve um aumento de 3,7%, passando de R$ 1.525 para R$ 1.581. Contudo, este aumento teve impacto maior entre os 10% que ganhavam os maiores rendimentos de trabalho.
Os trabalhadores do grupo de maior rendimento tiveram aumento real de 7,7% entre 2018 e 2019, saindo de R$ 6.425 para R$ 6.920, se afastando dos 10% que recebiam os menores rendimentos do estado, que viram seu salário médio aumentar 2,2% entre 2018 e 2019, de R$ 134 para R$ 137.
Com isso, a diferença entre os dois extremos do grupo chega a a 50,5 vezes, sendo a quarta maior entre os estados.
O aumento na desigualdade salarial na Bahia, em 2019, se consolidou no Índice de Gini do rendimento médio mensal de todos os trabalhos no estado, que subiu do 9º maior em 2018 (0,524) para o 7º em 2019 (0,533).
Brasil
Ainda segundo o IBGE, o Brasil também registrou diferença salarial entre trabalhadores negros e brancos no ano de 2019.
A renda média dos trabalhadores negros equivale a cerca de 55,8% da renda dos trabalhadores brancos. Funcionários brancos tiveram rendimento médio de de R$ 2.999 em 2019, comparado com R$ 1.673 dos funcionários negros.
Este valor é considerado a segundo maior diferença da série histórica da pesquisa, perdendo apenas para o ano de 2016.
Trabalhadores negros representavam no Brasil, em 2019, 10,4% da população ocupada. Os brancos representam 44,8% da população ocupada, somando 92 milhões.
Já os trabalhadores declarados pardos tiveram renda média em 2019 de R$ 1.719 por mês, equivalente a 57,3% do rendimento médio dos trabalhadores brancos.