A morte do compositor Aldir Blanc não reverberou apenas no mundo da música, mas também no futebol. O esporte apareceu como tema em diversas canções do artista, que não escondia de ninguém o amor pelo Vasco da Gama. O clube carioca registrou pelas redes sociais: “Recebemos com profunda tristeza a notícia do falecimento de Aldir Blanc, o Brasil e o mundo perdem com sua partida. Desejamos muita força aos familiares e amigos neste momento de profunda dor”.
Ao lado do historiador José Reinaldo Marques, Aldir escreveu o livro “Vasco, a Cruz do Bacalhau”. Em um dos trechos da publicação ele narra um episódio de sua infância que selou sua paixão pelo cruzmaltino: “Naquela tarde chuvosa, o goleiro do Bangu bobeou e Vavá marcou. Na arquibancada molhada, o negro e o português, por antecipação, tinham nas mãos o caneco de 56. Vejam vocês, aquela tarde, aos dez anos, não esquecerei. Voltei para a Rua dos Artistas, caí de cama, doido, com 40 graus, e, encolhido dentro de um pijama, contraí essa doença: ser Vasco da Gama”.
Aldir morreu aos 73 anos, nesta segunda (4), vítima do novo coronavírus (covid-19). O Vasco inaugura em julho um novo Centro de Treinamento. O departamento de comunicação do clube informou apenas que o novo espaço ainda não tem nome definido, mas, para grande parte da torcida, batizá-lo com o nome deste carioca, salgueirense, tijucano e vascaíno de quatro costados seria uma homenagem mais que merecida.
Edição: Fábio Lisboa