O compositor e escritor Aldir Blanc, de 73 anos, morreu na madrugada de hoje (4) no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele estava internado com Covid-19 desde o dia 15 de abril, e seu quadro de saúde era considerado grave.
Nascido em 2 de setembro de 1946, no Rio de Janeiro, Blanc ingressou na Faculdade de Medicina em 1966, mas abandonou o curso sete anos depois para dedicar-se exclusivamente à música. Um dos mais importantes composições da Música Popular Brasileira, Blanc formou uma frutífera parceria com João Bosco. Os dois são autores de canções como “O Mestre-Sala dos Mares”, “De Frente Pro Crime”, “Cabaré”, “Kid Cavaquinho”, “Agnus Sei” e “Bala Com Bala”, além de “O Bêbado e a Equilibrista”, gravada em 1979 por Elis Regina, que se tornou o “hino da Anistia” aos presos políticos do regime militar.
Aldir Blanc ainda escreveu músicas em parceria com nomes como Maurício Tapajós, César Costa Filho e Carlos Lyra, e publicou livros de crônicas e contos, nos quais narrava histórias bem-humoradas de personagens da Zona Norte do Rio. É autor de obras como “Porta de tinturaria” (1981) e “Brasil passado a sujo” (1993).