A defesa do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, afirma que a mudança na Polícia Federal envolvendo a chefia do órgão no Rio de Janeiro reforça a acusação de interferência por parte de Jair Bolsonaro feita pelo ex-ministro, informou hoje, dia 4, a colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
Ao ser questionado pela coluna sobre a modificação na superintendência do Rio, o advogado de Moro, Rodrigo Rios, afirmou: “As mudanças no seio da superintendência do Rio de Janeiro reforçam a veracidade das declarações de Sergio Moro, em especial, que o desejo de troca por parte do presidente não era exclusivamente direcionado à mudança de troca do diretor-geral”.
Logo após tomar posse como novo diretor-geral da PF nesta segunda (4), o delegado Rolando Alexandre de Souza convidou o superintendente do Rio, Carlos Henrique Oliveira, para ser o seu número 2 no comando do órgão. Com isso, ele mudaria para Brasília e vagaria o posto na capital fluminense. Desde agosto passado, Jair Bolsonaro fala publicamente que quer trocar o comando da PF no Rio.
No depoimento de mais de oito horas prestado no último sábado, Sergio Moro indicou à Polícia Federal a existência de pelo menos sete provas para corroborar as acusações de que o presidente tentou interferir indevidamente na PF.