No último dia 10 de abril, um caso de gripe aviária de alta patogenicidade foi detectado em uma fazenda de perus nos estados Unidos. Recentemente, focos da doença foram notificados na China, Vietnã, Índia, Arábia Saudita e vários países da Europa, mas o caso nos Estados Unidos acende o alerta devido à aproximação. Segundo Jorge de Lima, gerente executivo da Associação Catarinense de Avicultura, não há casos da doença no Brasil, mas hipoteticamente, se o vírus chegasse, poderia causar um prejuízo de US$ 5 bilhões de dólares.

Ele explica que não é possível afirmar categoricamente se há ou não possibilidade de a gripe aviária chegar ao Brasil, mas explica que o país possui medidas eficazes e dinâmicas que preveniram a entrada do problema.

“Mesmo em 2008, ou em 2013, 2014, quando vários países passaram por problemas sérios de gripe aviária, a doença não chegou ao Brasil. Houve casos até no Chile, mas as medidas de barreira evitaram a entrada”, disse.

Segundo ele, a gripe aviária no Brasil, que hoje figura no topo da produção mundial e é o maior exportador de frango do mundo, causaria uma problemática financeira e em relação à imagem do produto nacional no exterior.

“Hoje nós gozamos de um prestígio forte no emrcado internacional no que tange à qualidade da sanidade do plantel e do produto. Nós teríamos um problema com relação à aquisição dos nossos produtos pelos clientes externos que fariam os questionamentos necessários, o que poderia gerar em um primeiro momento uma retração nas compras, e na pior das consequências, seria a desabilitação para alguns mercados”, disse.

Ele explica que uma série de ações são adotadas, em cenário macro e micro, para blindar o país do problema. São medidas tomadas em conjunto por Governo Federal, agentes estaduais, integradoras, cooperativas e avicultores independentes que podem ser alteradas de acordo com a mudança de cenário da doença ao redor do mundo.

As medidas de caráter macro envolvem desde monitoramento de rota de aves migratórias, proibição de trazer animais ou subprodutos de regiões com registro de contaminação para o país, com controle de portos e aeroportos.

Já em um cenário Micro, Lima diz que as propriedades produtoras precisam ter telas, cortina nos aviários, disposição de alimento e água em ambiente fechado, para não atrair animais ou outras aves potenciais vetores da doença, e os controles sanitários de propriedade, sejam eles pelas integradoras ou cooperativas, ou pelos órgãos de defesa locais. Além disso, há o monitoramento realizado por técnicos nas propriedades, fiscalização, emissão de alerta, report e tomada de medidas.

“Mais do que tornar um cenário apavorante, devemos criar um cenário de que para evitar isso, temos controles efetivos, legais, regulamentados e de qualificação de treinamento tanto de quem produz quanto de quem fiscaliza”.

FONTENotícias Agrícolas
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