A rede de saúde de Fortaleza ganhou apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) para a instalação e manutenção de 22 leitos no Hospital Otoclínica exclusivos para o combate ao novo coronavírus (covid-19). O financiamento de R$ 13,2 milhões está no âmbito do Programa de Apoio Emergencial ao Combate da Pandemia do Coronavírus, que foi criado pelo banco para ajudar o sistema de saúde no combate à covid-19. O Ceará é o estado do Nordeste com o maior número de casos confirmados da doença e, atualmente, 100% dos leitos para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da rede de saúde de Fortaleza estão ocupados por pacientes vítimas da pandemia.

Os recursos emergenciais do BNDES vão garantir o funcionamento de 10 leitos de UTI usados apenas para o tratamento do novo coronavírus. Além disso, vão permitir a utilização de outros 12 leitos na recém-construída ala de UTI da unidade matriz do hospital, no bairro da Aldeota, na capital cearense. Com o financiamento, vai ser possível ainda o apoio à equipe médica e assegurar equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras, luvas, aventais e materiais de higienização. De acordo com o BNDES, a Otoclínica terá melhores condições para enfrentar a doença pelos próximos seis meses.

O Grupo OTO, responsável pelos Hospitais OTOclínica Matriz, na Aldeota e OTOclínica Sul, em Sapiranga, os dois na capital cearense, informou à Agência Brasil, que tem sido procurado por pacientes para o diagnóstico e tratamento da pandemia de covid-19. Atualmente, para fazer o atendimento à população desde o diagnóstico, até o tratamento dos casos mais graves, as unidades contam com 22 leitos de UTI. Haverá a ampliação para mais 20 leitos de unidades semi-intensivas e 30 unidades abertas e todas serão destinadas ao atendimento da doença, informou o Grupo OTO.

A matriz do hospital, no bairro da Aldeota, é um pronto socorro de atendimento 24 horas equipado com centro cirúrgico para procedimentos de alta complexidade. No ano passado, foi inaugurada a filial do Otoclínica, em Sapiranga, na periferia de Fortaleza.

O Grupo Oto informou ainda que para atender a orientação de órgãos públicos de saúde, algumas medidas foram tomadas como a alteração no fluxo de atendimento da emergência, para assegurar o isolamento do paciente suspeito de contaminação. Foi organizada ainda uma equipe específica para unidade de internação especial, otimizados os fluxos de limpeza da organização e suspensas visitas aos pacientes internados, para reduzir o fluxo de pessoas nos hospitais. Além  disso foi criado protocolo para manejo de paciente suspeito ou confirmado com o novo coronavírus, que passa por atualização diária e estabelecimento de fluxos específicos para o serviço de imagem e laboratório nestes atendimentos.

Programa

Lançado no final de março, o Programa BNDES de Apoio Emergencial ao Combate da Pandemia do Coronavírus é uma das ações da instituição no combate à doença. Por meio dele, o banco concede crédito emergencial para aumento da oferta de leitos de UTI e equipamentos para a saúde.

Com orçamento de R$ 2 bilhões, o Programa atende prestadores de serviços hospitalares e de montagem e gestão de leitos emergenciais. A expectativa é que com os recursos, sejam incorporados ao sistema de saúde do país até três mil novos leitos de UTI, quinze mil respiradores pulmonares e 88 milhões de máscaras.

No lançamento do programa, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse que o banco trabalha em coordenação com todos órgãos do governo federal para entregar o máximo que a sociedade necessita no combate ao novo coronavirus. “O BNDES está engajado e com afinco para enfrentar essa crise. Esse é o papel do banco, uma função anticíclica, de operar nestes momentos difíceis”, apontou.

Edição: Bruna Saniele

FONTEAgência Brasil
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