Cerca de quinhentas empresas brasileiras com dívidas acima dos R$ 300 milhões e faturamento anual de R$ 500 milhões passarão por um processo de reconstrução, após o período da pandemia do Covid-19. A estimativa é de Ricardo Knoepfelmacher, especialista em reestruturações operacionais e financeiras, conforme o site Terra.
Segundo Ricardo K, como é conhecido, a pandemia do novo coronavírus é um acontecimento “sem precedentes”, impossível de ser comparada com momentos de crise anteriores. “Temos hoje um choque de ausência de demanda. Setores inteiros da economia tiveram de parar durante meses”, avaliou.
Líder no processo de reconstrução economia do Grupo X, do empresário brasileiro Eike Batista, e da Odebrecht, ele alerta para pedidos na Justiça. “Não descarto que dessas quinhentas, uma centena tenha pedidos de recuperação judicial”, disse.
Citando a operação Lava Jato, da Polícia Federal, ao falar sobre os setores mais afetados pela crise, como as companhias áreas e o entretenimento, Ricardo K, garantiu que a diferença para o atual cenário é a incerteza sobre quando a pandemia chegará ao fim.
Sobre a possibilidade de falência para microempreendedores, o CEO, explicou sobre o como funciona o processo e as dificuldades que encontradas. “Hoje, o pedido de recuperação judicial não funciona bem para uma empresa pequena. É um processo caro. Estamos discutindo com juristas como permitir uma recuperação judicial de empresas de pequeno porte. Muitas vão fechar. Nas médias e grandes, daqui a três meses, vamos ver uma enxurrada de pedidos de recuperação judicial”, informou.