A pandemia do novo coronavírus (covid-19) causou o encerramento precoce da temporada em outra liga europeia de futebol: a Eredivisie, como é chamado o Campeonato Holandês. A decisão foi anunciada nesta sexta (24), após o primeiro-ministro Mark Rutte proibir jogos de futebol no país até setembro e um dia após a Uefa (entidade máxima do futebol europeu) autorizar que competições nacionais terminem prematuramente por razões “legítimas”, que, aos olhos da entidade, são questões de saúde, econômicas ou governamentais.

Na reunião que decidiu o fim do torneio, estabeleceu-se que não haveria campeão, rebaixamento ou acessos, somente a definição dos representantes holandeses em competições europeias. Líder e vice-líder da temporada finalizada, Ajax e AZ Alkmaar ficaram com as vagas na Liga dos Campeões, enquanto Feyenoord, PSV Eindhoven e Willem II (terceiro, quarto e quinto colocados, respectivamente) vão à Liga Europa. Últimos colocados na elite, ADO Den Haag e Waalwijk escapam da queda, enquanto as duas melhores campanhas da segunda divisão (Cambuur e De Graafschap) ficam sem a promoção.

Conforme o comunicado emitido pela Uefa na última quinta (23), a definição dos representantes dos países em torneios continentais deve levar em conta o “mérito esportivo” e que é “preferível” que as ligas encontrem critérios de disputa que facilitem a seleção desses times. A entidade também informa que os métodos devem ser “objetivos, transparentes e não-discriminatórios” e que pode recusar a participação de alguma equipe se entender que o critério para escolha não foi justo.

Em nota, a Confederação Holandesa de Futebol (KNVB, na sigla oficial) destacou que “a unidade e a solidariedade são muito importantes no futebol profissional nestes tempos difíceis”. Afirmou, ainda, que “parcialmente por esse motivo”, os clubes que disputarão de competições europeias “têm uma forte obrigação moral de contribuir com parte (25%) da premiação que receberão por essas participações, para que esse montante seja distribuído entre as várias organizações profissionais de futebol do país”.

Ainda em comunicado, a KNVB diz que “está claro para todos que a saúde pública está em primeiro lugar. Do ponto de vista esportivo, não jogar mais a temporada é compreensível, mas decepcionante e representa um sério golpe financeiro para a indústria do futebol profissional, que tem milhares de empregos e milhões de fãs”.

Edição: Fábio Lisboa

FONTEAgência Brasil
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