Máscaras em TNT cirúrgico foram entregues a moradores e às secretarias de saúde de municípios de Euclides da Cunha, Canudos, Quijingue e Uauá.
A parceria entre empreendedores e projeto social tem ajudado moradores da região de Euclides da Cunha, no sertão da Bahia, no combate à pandemia do coronavírus. Ao todo, 548 máscaras descartáveis em TNT foram produzidas pela fábrica de camisas Casebre de Palha e os projetos sociais Canudos e Forte Severina.
“Sou filho de costureira e minha mãe recebeu encomenda para produção de aventais. Tive então a ideia de confeccionar essas máscaras de forma gratuita. Encontrei com Victor Hugo, presidente do Instituto Brasileiro de Expedições Sociais, para abraçar a causa a produzirmos juntos, para abranger Euclides da Cunha e Canudos”, diz Celson Junior, idealizador da marca Casebre de Palha.
O Forte Severina atua na comunidade de Raso, distrito de Canudos, e tem como objetivo oferecer oficinas de corte, costura e modelagem para pessoas em situação de vulnerabilidade social. O nome é inspirado na obra do poeta João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina, escrito na década de 1950.
Para produzir as máscaras, parte das costureiras parou a produção de roupas e iniciou a confecção de máscaras descartáveis. Durante o trabalho, elas seguiram as recomendações de proteção contra a contaminação por coronavírus: distância de um metro umas das outras, além da higienização com álcool em gel nas mãos e nos equipamentos.
Já o Projeto Canudos atende três povoados: Canudos Velho, Rasinho e Rio do Vigário – com ações de infraestrutura com impacto na saúde e no meio ambiente, educação e de bem estar físico e social.
Presidente do Instituto Brasileiro de Expedições Sociais, organização social responsável pelo Projeto Canudos e Forte Severina, Victor Hugo conta que o trabalho de produção das máscaras foi dividido entre os voluntários. Após finalizados, os equipamentos de proteção foram doados para moradores e entregues às secretarias de saúde de municípios da região.
“Foram distribuídas 548 máscaras: 210 para Euclides da Cunha, 150 canudos, 75 Quijingue e 113 para Uauá”, completa Celson Junior.
A parceria pode gerar ainda renda para empreendedores e trabalhadores, que já foram procurados por empresas para produção de mais máscaras, mas a idéia também é seguir ajudando os moradores do sertão baiano de forma gratuita. Victor Hugo explica que o Instituto Brasileiro de Expedições Sociais disponibiliza uma conta bancária para quem quiser ajudar com doações na compra de materiais.